RESUMO: Cultivares STS toleram doses até quatro vezes maiores de chlorimuron que as recomendadas para cultivares não tolerantes, sem apresentar danos significativos. Contudo, poucos trabalhos posicionam a seletividade de nicosulfuron em cultivares STS. O objetivo do presente trabalho foi avaliar a seletividade de doses do herbicida nicosulfuron aplicado em pós-emergência (V4) de soja RR/STS. Os experimentos foram conduzidos nas safras de 2015/16 e 2016/17, em Piracicaba - SP. Em 2016/17, também foi conduzido em Palotina - PR. Os tratamentos foram compostos por seis doses do herbicida nicosulfuron (0, 50, 100, 150, 200 e 250 g i.a. ha-1). O delineamento experimental empregado nos quatro ensaios foi em blocos casualizados com quatro repetições. Foram avaliados os sintomas de injúria aos 7, 14, 21 e 28 dias após a aplicação, bem como realizada avaliação de variáveis relacionadas ao desempenho agronômico (altura de plantas, número de vagens por planta, produtividade e massa de mil grãos). Os dados obtidos foram submetidos à análise de regressão (p<0,05). Analisando as doses estimadas, que reduziram em 5% a produtividade em relação à dose 0, verifica-se que estas doses ficaram entre 57,79 e 68,37 g i.a. ha-1; assim, pode-se inferir que de maneira geral a soja RR/STS é tolerante para aplicação de nicosulfuron até 57,79 g i.a. ha-1, pelas doses estimadas. Pode-se concluir que a soja RR/STS é tolerante para aplicação de nicosulfuron até 50 g i.a. ha-1, de acordo com as doses aplicadas.

ABSTRACT: STS cultivars tolerate up to four times higher rates of chlorimuron than those recommended for non-tolerant cultivars, without significant damage. However, few studies position the selectivity of nicosulfuron in STS cultivars. The aim of this study was to assess the selectivity of rates of the herbicide nicosulfuron applied in the post-emergence (V4) of RR/STS soybean. The experiments were conducted in the 2015/16 and 2016/17 seasons in Piracicaba, SP. In the 2016/17 season, the experiment was also conducted in Palotina, PR. Treatments consisted of six rates of the herbicide nicosulfuron (0, 50, 100, 150, 200, and 250 g a.i. ha-1). The experimental design was a randomized block design with four replications. The symptoms of injury were assessed at 7, 14, 21, and 28 days after application, as well as the assessment of variables related to the agronomic performance (plant height, number of pods per plant, yield, and one thousand-grain weight). The data were submitted to regression analysis (p<0.05). The estimated rates reduced yield by 5% in relation to the rate 0 and were between 57.79 and 68.37 g a.i. ha-1. In general, the RR/STS soybean is tolerant to the application of nicosulfuron up to 57.79 g a.i. ha-1 when considering the estimated rates. Therefore, the RR/STS soybean is tolerant to the application of nicosulfuron up to 50 g a.i. ha-1, according to the applied rates.

RESUMO O lento crescimento inicial da cenoura favorece o estabelecimento de plantas daninhas nas áreas de cultivo, sendo necessário o manejo dessas plantas para que não ocorra redução da produtividade. Todavia, o controle tem sido dificultado por existirem poucas opções de herbicidas para o controle de plantas daninhas em pós-emergência da cultura. Dois experimentos de campo foram realizados para avaliar a seletividade do metribuzin aplicado em pós-emergência da cenoura, em dois diferentes períodos de cultivo (inverno e inverno-verão). O delineamento experimental foi o de blocos casualizados com quatro repetições. Os tratamentos corresponderam à aplicação de 0, 144, 288, 432, 576, 720, 960 e 1.200 g ha-1 do metribuzin na cultura da cenoura, cultivar Nantes. Foram avaliadas a produtividade total de raízes e a porcentagem de raízes comerciais e não comerciais. A produtividade total de raízes de cenoura não foi alterada pela aplicação de metribuzin até a dose de 432 g ha-1, independentemente da época de cultivo. A porcentagem de cenouras comercializáveis e descartáveis não foi alterada pelas doses do herbicida. Conclui-se que o metribuzin é seletivo para aplicação em pós-emergência da cenoura, cultivar Nantes, até a dose de 432 g ha-1.

ABSTRACT The initial slow growth and short stature of carrot can allow that weeds settle in crop areas, requiring the management of these plants for productivity not to decrease. Nevertheless, weeds control has been difficult because there are few herbicides available for weeds control in postemergence of carrots. Two experiments in the field were carried out to evaluate selectivity of metribuzin applied in postemergence of carrots. A experimental randomized block design was utilized with four repetitions. Treatments consisted of metribuzin doses (0, 144, 288, 432, 576, 720, 960 and 1,200 g ha-1), applied in postemergence of carrots of the Nantes variety. Roots productivity was evaluated and percentage of commercial roots and no-commercial roots was calculated. Metribuzin has not caused visual symptoms of intoxication in carrots. Doses lower than 432 g ha-1 of metribuzin do not reduce the total productivity of roots, independent of the application period. Any doses of metribuzin changed the percentage of commercial and noncommercial roots. It is concluded that metribuzin is selective for carrots of the Nantes variety in postemergence applications at doses of 432 g ha-1.

RESUMO Foram realizados estudos para esclarecimento do real papel exercido pela perdiz (Rhynchotus rufescens), no plano epidemiológico, dentro da perspectiva de fonte de infecção do vírus da doença de Newcastle (VDN). Para tanto, foram empregadas aves SPF ("specificpathogen free") conviventes com perdizes inoculadas com uma estirpe patogênica (velogênica viscerotrópica) do VDN ( DIE50 = 108,15/ 0,1 mL), pela via óculo-nasal. Cada grupo foi constituído por 6 aves SPF e 6 perdizes. Decorridos cinco (grupo 1), 15 (grupo 2) e 30 dias (grupo 3) após inoculação das perdizes com VDN, 6 aves SPF foram alojadas junto a cada grupo de perdizes, havendo contato direto entre as espécies. Decorridos também 5, 15 e 30 dias após o desafio das perdizes com o VDN, foram colhidos suabes de cloaca das perdizes, para o isolamento viral (vírus patogênico) em embriões de galinhas SPF. As perdizes apresentaram-se refratárias à doença clínica com o VDN. Nestas, o isolamento viral ocorreu de 5 até 15 dias após o desafio com o VDN, demonstrando-se assim o estado de portador do VDN da perdiz, passados até 15 dias da infecção experimental com este patógeno. Já 100% das aves SPF conviventes com perdizes infectadas com o VDN, passados agora 5 (grupo 1) e 15 dias (grupo 2), morreram de 4 a 8 dias após o contato direto entre as espécies. Nestas, os sintomas clínicos e lesões sugestivos da enfermidade de Newcastle foram confirmados pelo reisolamento e identificação do VDN, a partir de suabes de traquéia e cloaca. Desse modo, ficou evidente a transmissão de vírus patogênico (VDN) da perdiz, decorridos até 15 dias da infecção experimental com este patógeno, para aves SPF conviventes, o que vem realçar a importância da perdiz (Rhynchotus rufescens), do ponto de vista epidemiológico, como fonte potencial de infecção do VDN para aves domésticas em convívio ou próximas a sua criação.

ABSTRACT Studies were made to clarify the real role that was played by the partridge (Rhynchotus rufescens) in the epidemiological plan, under the perspective of its being an infection source of the Newcastle disease virus (NDV). For this, the study used specific-pathogen-free birds (SPF) that were housed with partridges inoculated with a pathogenic strain (velogenic viscerotropic) of NDV (DIE50=108,15/0,1 mL), by the ocular-nasal via. Each group was composed by 6 SPF birds and 6 partridges. At 5, 15 and 30 days after the inoculation of the partridgeswith NDV, 6 SPF birds were put together with each group of partridges, so that there was a direct contact between the species. After 5, 15 and 30 days since the challenge of the partridge with NDV, the samples were collected by means of cloacal swabs of the partridge for the viral isolation (pathogenic virus) in SPF embryos. There was no clinical disease in the partridges inoculated with NDV. Therefore, there was viral isolation from 5 to 15 days after the challenge with the NDV, demonstrating, this way the state of carrier of the partridge NDV which happened until 15 days of the experimental infection with this pathogen. So, 100% of the SPF birds which were housed with the NDV infected partridges, after 5 (group 1) and 15 days (group 2), died from four to eight days after the direct contact among species. This way, the transmission of the pathogenic virus of the partridgeswas evident until 15 days of the experimental infection with this pathogen (NDV) for the SPF birds that were housed together, and that calls the attention to the importance of the partridges from the epidemiological point of view as potential source of infection of the NDV to domestical birds that housed with these specie or near this breeding.